Confesso que não é um verbo de que goste muito, já que por natureza sou persistente e muito teimosa também, dependendo do ponto de vista, e que luto e esbracejo até quase não poder mais, quando acho que devo, que quero, que posso!
Desistir foi para mim, durante muitos anos, sinónimo de falhanço, de falta de força e de coragem...o não ser capaz de ir mais além e aceitar levemente o que a vida nos oferece de de mau. Logo, se desistia, era por ser fraca...mais fraca que os outros...
De há algum tempo para cá comecei a reconhecer como verdadeira a afirmação de alguém mais perspicaz que eu nestas coisas da vida: por vezes é preciso mais coragem para desistir do que para lutar, é mais fácil tentar agarrarmo-nos às sombras do passado do que reconhecer que, se calhar, aquele não é o caminho certo para nós e há que enveredar por outro que melhor nos sirva.
Essa aceitação de que tal pode ser verdadeiro não obsta, porém, à minha implicância com o verbo em questão, sobretudo quando ele se refere a alguém: é extraordinariamente doloroso quando alguém desiste de nós, sobretudo se desconhecemos o motivo e se até gostamos da pessoa em questão. Mais doloroso é quando nos apercebermos que às tantas já nem queremos saber o porquê, fartos que estamos de tentar lançar âncoras num mar demasiado bravio para nós, numa terra que expele a semente que queremos nela plantar, deixando em nós a sensação de termos sido usados e descartados com igual facilidade...
É então nesse momento que nós desistimos desse alguém...e isso não nos deixa mais aliviados, nem mais felizes...mais preocupados sim, por não termos sabido chegar ao outro e por já nem querermos fazê-lo...a não ser que para resolver a questão, decidamos de uma vez por todas...desistir de pensar no assunto e continuarmos o caminho com aqueles que temos no coração e que mesmo na maior das confusões arranjam sempre tempo, um minuto ou dois que seja, para nos dizerem um olá, mostrando que não conjugam o verbo desistir...pelo menos em relação a nós!
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