Não há nada a fazer! Deve ser absolutamente inevitável no sexo feminino a compulsão crónica para ver filmes com histórias de amor com final feliz, do género: rapariga conhece rapaz, ficam louca e imediatamente apaixonados; quando tudo parece correr bem, acontece um imprevisto e separam-se, acabando por voltar a reunir-se, no final, após os problemas estarem resolvidos.
E não há mesmo nada a fazer! Quando o primeiro encontro se dá, já sabemos como o filme vai acabar mas, mesmo assim, ficamos ali coladinhas ao écrã, fungando volta e meia, disfarçadamente, derramando um caudal de lágrimas no fim, aliviadas por tudo ter corrido bem, como já prevíramos! E, estranhamente, somos capazes de ver o mesmo filme centenas de vezes, até sabermos todos os diálogos de cor e, mesmo assim, voltamos a vê-lo mais outra vez, sempre com a mesma emoção! «Sleapless in Seattle», «Notting Hill», «4 casamentos e um funeral», «Pretty woman», «O casamento do meu melhor amigo» e tantos, tantos mais! A Julia Roberts e a Meg Ryan, Richard Gere, Hugh Grant e Tom Hanks, entre outros, são aqueles que nos fazem chorar, enquanto aproveitamos para «lavar a alma», num daqueles actos tipicamente femininos que a maior parte dos homens estranha!
«Não há nada a fazer», dizem eles, «mulheres!». «Não há nada a fazer quanto a este comentário», digo eu, «homens!».
Lavemos, pois, a alma:
...o último bocadinho de um destes filmes, «Notting Hill» e a canção «She» aqui cantada por Elvis Costello (no original por Charles Aznavour, também autor da música).
Nós, que ouvimos também com os olhos!
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