Quinta-feira, 4 de Junho de 2009

Brinde à vida!

 

 

Celebremos a vida e os bons pequenos momentos que ela nos traz e que nós também construímos. Olhemos para o lado da alegria, da partilha de afectos, da convivência, da troca de sorrisos e esqueçamos tudo o que desfeia os nossos dias e os torna mais sombrios...

 

Não há vida sem escolhos, sem voltas, reviravoltas, curvas e contracurvas, fins e recomeços, interrupções, pelo menos nunca de nenhuma assim me apercebi. Não há estrada sem erros, sem remendos, sem sonhos, ora pelo lado do sol e da maresia, ora pelo lado da dor profunda, aquela dor que cala até o grito na garganta de tanto que sufoca! Não há vida assim a direito, de alcatrão recente, sem buraco nem saliência, sem choro nem gritos, nem revolta nem luta. E porém, por breves instantes às vezes, por instantes mais longos outras,  a vida suspende-se em cenas de pura alegria, de pequenos prazeres, de simples momentos que nos enchem o peito, a alma e o coração: um abraço àquele amigo, o encontro com os nossos, o riso louco e cúmplice perante uma qualquer trivialidade transfigurada em piada genial, uma melodia que nos transporta para outro local ou outro momento, o sol a brilhar na gota de água, o gato que se rebola pelo chão...

 

E é nesses instantes que vale tudo para parar o tempo e guardar cá dentro cada fragmento, cada segundo dessa felicidade, para depois, quando a tarde cai sobre nós arrastando consigo a noite, podermos abrir os braços à vida e sorrirmos ao dia que nos espera, inteiramente novo, absolutamente intocável ainda.

 

 

 

Uma espécie de céu
Um pedaço de mar
Uma mão que doeu
Um dia devagar
Um Domingo perfeito
Uma toalha no chão
Um caminho cansado
Um traço de avião
Uma sombra sozinha
Uma luz inquieta
Um desvio na rua
Uma voz de poeta
Uma garrafa vazia
Um cinzeiro apagado
Um hotel na esquina
Um sono acordado
Um secreto adeus
Um café a fechar
Um aviso na porta
Um bilhete no ar
Uma praça aberta
Uma rua perdida
Uma noite encantada
Para o resto da vida

(Refrão)
Pedes-me um momento
Agarras as palavras
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas
Levas a cidade
Solta me o cabelo
Perdes-te comigo
Porque o mundo é o momento
(repete)

Uma estrada infinita
Um anuncio discreto
Uma curva fechada
Um poema deserto
Uma cidade distante
Um vestido molhado
Uma chuva divina
Um desejo apertado
Uma noite esquecida
Uma praia qualquer
Um suspiro escondido
Numa pele de mulher
Um encontro em segredo
Uma duna ancorada
Dois corpos despidos
Abraçados no nada
Uma estrela cadente
Um olhar que se afasta
Um choro escondido
Quando um beijo não basta
Um semáforo aberto
Um adeus para sempre
Uma ferida que dói
Não por fora, por dentro


(Repete o refrão 2x)

Rabiscado por... misal às 21:50
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1 comentário:
De Borboleta_A a 5 de Junho de 2009 às 19:22
Porque na vida contam os momentos...

Não me tenho manifestado, mas não deixo de passar por aqui. Faz-me bem. :)
Beijinhos e bom fim desemana

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