Terça-feira, 27 de Outubro de 2009

Parabéns, N!!!

A pedido de «várias famílias» e da artista em questão, triste por não se ver destacada neste espacinho, anuncio ao mundo inteiro que temos mais uma Coganita implantada, a «minha/nossa» N.!! E que brevemente será activada, que é como quem diz, o implante vai ser posto a funcionar e aí não há mais maneira de a enganarmos, porque ela vai ouvir e perceber tudo o que dizemos - pouco a pouco, com calma e treino, claro!!

Portanto, para o anúncio ser «como devá sêri», como se diz por estas bandas, cá estão os foguetes e a Gal Costa a cantar a «festa do interior»!! Espero que a «artista» N. não reclame...mesmo não ouvindo bem (ainda!!!) a canção!

 

 

 

Ah...e prá activação...pois terá de haver festa, claro!!!

Tou...:
Rabiscado por... misal às 16:31
link do post | «Li e penso de que...» | Bisbilhotar... (1) | Adicionar aos favoritos
Sábado, 24 de Outubro de 2009

Ser professor...

O Professor como Mestre

 

Não me basta o professor honesto e cumpridor dos seus deveres; a sua norma é burocrática e vejo-o como pouco mais fazendo do que exercer a sua profissão; estou pronto a conceder-lhe todas as qualidades, uma relativa inteligência e aquele saber que lhe assegura superioridade ante a classe; acho-o digno dos louvores oficiais e das atenções das pessoas mais sérias; creio mesmo que tal distinção foi expressamente criada para ele e seus pares. De resto, é sempre possível a comparação com tipos inferiores de humanidade; e ante eles o professor exemplar aparece cheio de mérito. Simplesmente, notaremos que o ser mestre não é de modo algum um emprego e que a sua actividade se não pode aferir pelos métodos correntes; ganhar a vida é no professor um acréscimo e não o alvo; e o que importa, no seu juízo final, não é a ideia que fazem dele os homens do tempo; o que verdadeiramente há-de pesar na balança é a pedra que lançou para os alicerces do futuro.

 

A sua contribuição terá sido mínima se o não moveu a tomar o caminho de mestre um imenso amor da humanidade e a clara inteligência dos destinos a que o espírito o chama; errou o que se fez professor e desconfia dos homens, se defende deles, evita ir ao seu encontro de coração aberto, paga falta com falta e se mantém na moral da luta; esse jamais tornará melhores os seus alunos; poderão ser excelentes as palavras que profere; mas o moço que o escuta vai rindo por dentro porque só o exemplo o abala. Outros há que fazem da marcha do homem sobre a Terra uma estranha concepção; vêem-no girando perpetuamente nos batidos caminhos; e, julgando o mundo por si, não descobrem em volta mais que uma eterna condenação à maldade, à cegueira e à miséria; bem no fundo da alma nenhuma luz que os alumie e solicite; porque não acreditam em progresso nenhuma vontade de melhorar; são os que troçam daquilo a que chamam «a pedagogia moderna»; são os que se riem de certos loucos que pensam o contrário.
Ora o mestre não se fez para rir; é de facto um mestre aquele de que os outros se riem, aquele de que troçam todos os prudentes e todos os bem estabelecidos; pertence-lhe ser extravagante, defender os ideais absurdos, acreditar num futuro de generosidade e de justiça, despojar-se ele próprio de comodidades e de bens, viver incerta vida, ser junto dos irmãos homens e da irmã Natureza inteligência e piedade; a ninguém terá rancor, saberá compreender todas as cóleras e todos os desprezos, pagará o mal com o bem, num esforço obstinado para que o ódio desapareça do mundo; não verá no aluno um inimigo natural, mas o mais belo dom que lhe poderiam conceder; perante ele e os outros nenhum desejo de domínio; o mestre é o homem que não manda; aconselha e canaliza, apazigua e abranda; não é a palavra que incendeia, é a palavra que faz renascer o canto alegre do pastor depois da tempestade; não o interessa vencer, nem ficar em boa posição; tornar alguém melhor — eis todo o seu programa; para si mesmo, a dádiva contínua, a humildade e o amor do próximo.

Agostinho da Silva, in 'Considerações'

 

NOTA: transcrito de «O Citador»

 

..................................................................................................................................................

«que parte fica de mim no fogo ateado em volta, que parte?» José Jorge Letria

Rabiscado por... misal às 17:49
link do post | «Li e penso de que...» | Adicionar aos favoritos
Sexta-feira, 2 de Outubro de 2009

Uma casa na pradaria...

«Nunca é demasiado tarde para seres aquilo que devias ter sido» George Sand

 

E se eu não sei quem deveria ter sido? E se eu até sei e até fui quem deveria ter sido, quem deverei ser a partir de agora, já que o tempo, como dizia a canção, não volta atrás? E como saber quem deverei ser, melhor, quem consentir ser (vide post anterior, excelentíssimo leitor! Se ainda não o leu, vá lá primeiro e volte aqui depois, que este post não foge, espero eu!)?

Passamos a vida inteira a ter de escolher e bem pequenos já nos perguntam o que queremos ser quando formos grandes...Sei eu lá, com 4, 5, 6, o que quero ser, se ainda nem percebi quem sou e quem são os outros! Para pergunta idiota, resposta...igual: «pastora!», respondi eu, possivelmente ainda a pensar no papel desempenhado na festa de Natal da escola! Ou então a sonhar com pradarias imensas, bicharada mais ou menos auto-suficiente e um cão em brincadeiras comigo o dia todo...a ver existir a «Casa na Pradaria», sem as partes dramáticas habituais!

Aos 14, 15 anos pediram-me que escolhesse quem queria ser, e lá foi, não «pim, pam, pum»,  mas eu Mafaldinha me confesso, sendo do contra, seguindo o José Régio, «Não sei por onde vou, só sei que não vou por aí!».

Secundário acabado, volta a escolher e novas indecisões - credo, só tenho 17 anos, sei lá o que quero ser, aquilo em que quero trabalhar! E mais uma vez o Régio a ganhar: isto não, aquilo também não, isto não pode ser porque nunca escolhi aquilo, então resta...

Faculdade pronta...bom, agora com este curso só posso ser isto, vamos lá ver como é... E anos atrás de anos até finalmente perceber que sim, que até estava a ser quem devia ser e que sim, até gostava!

Em toda a novela há voltas e reviravoltas, golpes do destino, personagens que o autor reescreve à medida das conveniências dele próprio, dos restantes actores, do produtor, dos fãs... E esta não foi excepção, pelo que o episódio com esta personagem reinventada já começou há algum tempo...ainda sem destino à vista, ainda sem saber bem o que deverei consentir ser, agora que já não me consentem ser aquilo que era e que não há maneira de me deixarem experimentar o azul do céu.

Volto ao princípio, aos 5, 6 anos…acho que mais logo quero correr pela pradaria, debaixo de um solinho morno, com cão afável...e sem índios maus, please!!!!!!!!!!!

 

 

Rabiscado por... misal às 22:42
link do post | «Li e penso de que...» | Adicionar aos favoritos

Nada sobre mim

Procurar agulha em palheiro...

 

Abril 2014

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

Posts recentes

...

DE LUZ E DE SAL

Abraço

Sábado, 24 de Abril, Sant...

Dia das Doenças Raras

Vencer, apesar do medo...

O hoje e o agora...

E bom Natal!!!!!!!!!!!!!

Desistir...

Ousar ser diferente

Baú de memórias...

Abril 2014

Dezembro 2011

Novembro 2011

Abril 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

tags

todas as tags

A escaldar...

Abraço

Dia Mundial da Música I

«Porque a deficiência não...

Ver, rever e (con)viver.....

Coganitos...

Hoje é o dia!

Momentos perfeitos

Tesouros...

Da voz das coisas

links