«ET», um filme lindíssimo e inesquecível, sempre actual no que diz respeito ao valor da amizade! Pena é que tão poucas pessoas saibam o que é ser verdadeiramente amigo/a e nos façam questionar os nossos próprios valores, fazendo-nos sentir um verdadeiro «extraterrestre», levando-nos a indagar se seremos nós assim tão diferentes de tanta gente, se afinal os princípios que aprendemos e pelos quais nos guiamos estarão errados! Razão tinha o outro, «quanto mais conheço gente, mais gosto do meu cão!» ou, a sério, mas mesmo muito a sério, cada vez gosto mais dos meus familiares e dos meus amigos - são poucos, mas espécimes raros e em vias de extinção, por aquilo que continuo, infelizmente, a ver!
Suspeita-se que iPods, leitores de Mp3 e outros aparelhos estereo pessoais possam provocar problemas auditivos nos jovens neo-zelandeses. A ser verdade, isso provocaria uma «epidemia» de deficiência auditiva que traria grandes custos em termos de qualidade de vida e monetariamente. Nestes últimos cinco anos as despesas ligadas à deficiência auditiva duplicaram.
A New Zealand's National Accident Compensation Corporation (ACC) está preocupada com uma possível epidemia de deficiência auditiva nas gerações mais novas por causa de uma utilização excessiva de iPods, Mp3 e outros leitores audio.
As despesas relativas à deficiência auditiva duplicaram
Nestes últimos cinco anos as despesas relativas à deficiência auditiva duplicaram. A ACC gasta actualmente mais de 40 milhões de NZD (dólares neo-zelandeses) em comparticipações, assistência médica, etc., com os neo-zelandeses que ouvem mal.
A maioria dos casos de comparticipações refere-se às gerações mais velhas de trabalhadores, que passaram a maior parte da sua vida activa sem nenhuma legislação sobre protecções auditivas nos locais de trabalho com muito barulho. No entanto, a maioria dos pedidos de comparticipação será efectuada pela geração Mp3, segundo John Wallart, da ACC.
Epidemia possível
As suas previsões baseiam-se num estudo efectuado pela Assiciação Nacional Neo-Zelandesa de Surdos e de Deficientes Auditivos, que comprova que 7 em cada 10 jovens com menos de 30 anos tem sinais de perda de acuidade auditiva permanente depois de ter ouvido música demasiado alto.
«O estudo confirma a nossa preocupação de que a geração Mp3 está em risco de enfrentar uma epidemia auditiva», declara Marianne Schumacher, directora-geral da fundação, que encoraja os jovens neo-zelandeses a estarem atentos à sua capacidade auditiva, para que possam desfrutar dos sons futuramente. São necessárias precauções simples. A mais importante é baixar o volume de som.
A necessidade de saber
«Não sabemos se os iPods provocam lesões. Suspeitamos que sim, particularmente nas pessoas que os utilizam durante grandes períodos de tempo», diz John Wallart. Para saber mais, o ACC investe na pesquisa sobre a exposição ao barulho e como controlá-lo.
tradução de um artigo do The New Zeland Herald
OUSE-SE A FELICIDADE
Não ousamos ser ao mesmo tempo
margem de nós e abrigo seguro.
Falemos de um dever: o da felicidade.
Enunciemo-lo com precisão matemática:
a dos relógios de mergulho,
das lentes de astronomia,
das análises ao sangue,
do raio x da cabeça a latejar,
magoada por uma febre exasperante.
Ousemos viver perigosamente
ainda que seja com o limite
material de um horário, de uma família,
de uma casa para pagar. Há uma corda
esticada sobre a cabeça
dos pequenos decifradores de indícios
e é neles que a dúvida se agiganta
e estrangula como um torniquete,
o fluxo brando do sossego.
Desassossego, digo. Inquietação,
insecto de asas luminosas a estatelar-se
na planície da página deserta.
Ouse-se a pequena rebeldia e consumo
algum, sequer o que se diz obrigatório,
nos consumirá, nos condenará ao desconsolo.
Ouse-se a felicidade. Nós que somos contemporâneos
do espanto, semeadores de desenganos e marés,
ousemos, derradeiros, a felicidade.
E tu, coração, como dia dizia o ruy belo,
levanta-te e lembra-te que a coragem
é um sentimento felino e quase sempre mortal.
José Jorge Letria, Adivinhação do Azul
Ousemos, pois, ser felizes!
Esta é uma canção já antiga, mas que apetece sempre ouvir! Escrita e interpretada pelo grande Milton Nascimento... Para todos aqueles que se atiram de braços abertos à vida, tentando vencer os medos, caindo e levantando-se de novo, chorando mas reaprendendo a rir... porque a vida vale a pena!!!!!
CAÇADOR DE MIM
Por tanto amor,
por tanta emoção,
a vida me fez assim,
doce ou atroz,
manso ou feroz,
eu, caçador de mim!
Preso a canções,
entregue a paixões
que nunca tiveram fim,
vou me encontrar
longe do meu lugar,
eu, caçador de mim!
Nada a temer
senão o correr da luta;
nada a fazer
senão esquecer o medo;
abrir o peito
à força de uma procura,
fugir das armadilhas
da mata escura!
Longe se vai
sonhando demais
mas onde se vai assim?
Vou descobrir
o que me faz sentir
eu, caçador de mim!
Nada a temer
senão o correr da luta;
nada a fazer
senão esquecer o medo;
abrir o peito
à força de uma procura,
fugir das armadilhas
da mata escura!
Longe se vai
sonhando demais
mas onde se vai assim?
Vou descobrir
o que me faz sentir
eu, caçador de mim!
Uma folha em branco é uma folha livre como os pássaros.
Uma folha em branco é uma folha leve como o vento.
Uma folha em branco é uma folha feita de água pura.
Uma folha em branco é uma folha sem nenhum risco.
Uma folha em branco é uma folha feita das levezas mais leves do Mundo.
Gonçalo Anacleto (10 anos?),
30/4/1987, 1º K, Santarém.
"Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive."
Vinícius de Moraes
Enviado por um amigo!Lindo!!!
Nós, que ouvimos também com os olhos!
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