Pois parece que a minha história não é mesmo a que eu julgava, aquela que construí durante anos e anos, muito ao sabor do acaso, das oportunidades que surgiam e seguia ou, pelo contrário, punha de lado, por descrença, medo, insatisfação, comodismo...
Poucas foram as vezes em que segui um caminho previamente traçado, muitas aquelas em que enfiei sonhos em moldes que caíam no meu colo, feitos por outros. Habituei-me a escolher entre as hipóteses que se cruzavam comigo, depois de confirmar que isto não queria, aquilo não podia, portanto, só aquilo servia!
Finalmente, uma vida inteira depois, também porque o acaso (a sorte?) o determinaram, o caminho percorrido está prestes a terminar e pela primeira vez sinto o entusiasmo de pensar naquilo que quero, de tentar descobrir o que me fará realmente feliz, uma vez que decidi que desta vez serei a talhar os meus sonhos, não me subjugando ao que pode ser, antes criando o meu destino.
Por isso, deixem-me rir, até para me despedir da história que foi minha sem ser por escolha,daquela história que nasceu aos poucos e durou tanto tempo, da história em que criei laços com tantos projectinhos de gente, da história em que fui feliz.
E deixem-me rir para ganhar balanço, para traçar o futuro evitando os medos de quem é novo na arte de criar histórias sem rede.
Jorge Palma no CCB, 2 de Junho de 2003 DEIXA-ME RIR Deixa-me rir Essa história não é tua Falas da festa, do Sol e do prazer Mas nunca aceitaste o convite Tens medo de te dar E não é teu o que queres vender Deixa-me rir Tu nunca lambeste uma lágrima Desconheces os cambiantes do seu sabor Nunca seguiste a sua pista Do regaço à nascente Não me venhas falar de amor Pois é , pois é Há quem viva escondido a vida inteira Domingo sabe de cor O que vai dizer Segunda-Feira Deixa-me rir Tu nunca auscultaste esse engenho De que que falas com tanto apreço Esse curioso alambique Onde são destilados Noite e dia o choro e o riso Deixa-me rir Ou então deixa-me entrar em ti Ser o teu mestre só por um instante Iluminar o teu refúgio Aquecer-te essas mãos Rasgar-te a máscara sufocante Pois é, pois é Há quem viva escondido a vida inteira Domingo sabe de cor O que vai dizer Segunda-Feira
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