Fui ao espectáculo de Joaquin Cortés e fiquei deslumbrada e feliz!
Matei as saudades de um espectáculo ao vivo - já não ia a nenhum desde o início da minha doença -, vi um espectáculo belíssimo, com um bailarino excepcional, comunicativo e espontâneo na forma de interagir com o público, com uma força e entrega incríveis e, «last but not the least», fiquei encantada, com o ego e o coração «massajadíssimos», porque pude ouvir e sentir a música e as canções, algo que não esperava. Mesmo sem recurso à prótese retroauricular, conseguia ouvir o coro, tal o volume de som! Por outro lado, descobri que consigo agora sentir a música de outra forma, por meio das vibrações que sinto através do chão, dos objectos, do próprio ar. E fiz esta descoberta logo na primeira canção/bailado/acto, o que me libertou para a entrega àqueles momentos mágicos.
Foi fantástico sentir que não perdi a capacidade de ouvir a música, que era algo que verdadeiramente me preocupava, pois adoro música e é-me cada vez mais difícil reconhecer as melodias das músicas reconhecidas (já nem falo das músicas que não conheço, pois só apreendo a «batida»). Foram horas de puro prazer e de emoção - pelo que vi, ouvi e senti. E não pude ficar indiferente à felicidade!
Nós, que ouvimos também com os olhos!
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